sábado, 23 de fevereiro de 2013

19/08/2012 - Museu da TAM com esticada a Bueno de Andrada (coxinhas douradas)




Já fazia muito tempo que eu queria fazer essa viagem, já tinha preparado o roteiro. Na teoria estava quase tudo esquematizado, bom, enfim, resolvi ir no dia 12 de agosto de 2012.
Decidi não sair cedo, pois, o museu só abre depois das 10 horas da manhã, então calculando o roteiro por volta de 4 horas, acho que daria para ir sossegado...



Então chegada a hora, o dia, depois de revisada a Titan, acordei cedo no domingão para colocar a moto na estrada.

Calibrado e checado o GPS, tudo OK..


Depois de vencido o enrosco da cidade, eis me na estrada, céu azul de brigadeiro (apesar de eu ser da arma de Infantaria do EB), ninguém na estrada, liberdade, somente o barulho do motor da motoca....

Tava indo tudo bem mas, (sempre tem um mas, ou sempre tem um SE). Notei que a bateria do GPS não estava sendo carregada, a luzinha vermelha fica acesa quando está sendo carregada, quando a carga está completa fica azul, e quando não esta recebendo alimentação, ela simplesmente não acende, fica apagada. Como nesta fase do percurso não vou precisar dele, deixei ele desligado para poupar a bateria, pois a autonomia dele e bem baixa sem a carga externa, em torno de 30 minutos. A viagem em si foi tranquila, alternei velocidade de 90km/h até 120km/h, não fui além disso pois, a moto não vai mais, lembre-se é uma Titan 150cc...






Depois de passado São Carlos, e de vários postos de combustível para trás, cheguei ao Museu da TAM, literalmente com o ponteiro de combustível no vermelho (aquelas esticadas de 110km/h, baixaram bastante o nível de gasolina) sabe aquela sensação de que, você deveria ter abastecido em São Carlos...pois é, eu pensei que ligando o GPS deveria aparecer algum posto em frente, ligue ele demorou muito para sincronizar e nada apareceu, será que me fud* nessa??!!



A motoquinha ao lado das irmãs de maior porte, só tinha a minha de 150cc, pensei em verificar a fiação do carregador do GPS, para ver oque tinha ocorrido, mas fiquei com vergonha de ficar retirando a lateral e mexer, e estava um calor de quase 40ºC estava literalmente torrando naquele sol ardido. Vamos ao museu já que estamos aqui...








Logo de entrada, recebendo os visitantes.
Uma maravilha alemã, que no seu auge voava a mais de 550km/h, belo muito belo....









Vista de frente, do avião, aterrorizante se estivéssemos em 1942~1945. Mas esses tempo já passou, agora é só um pássaro de metal exposto, outrora no passado de glórias...












A bilheteria era um saguão, os aviões propriamente ditos estão em outro saguão, entre  eles tem uma estrutura de metal, imitando um avião.











Entrando no mundo da aviação....os primórdios, quando o homem ainda pensava em voar, estudos do gênio Galileu Galilei.










Modelo em escala do Mitsubishi AM6 Zero Sen, o cavalo de guerra do ar da marinha e do exército imperial japonês.
E pensar que ele era feito basicamente de madeira e tecido, na sua fuselagem, tornando o extremamente leve, rápido e vulnerável...








Hidro avião Catalina BPY, a mentalidade da época era usar os rios e os lagos como bases aéreas, evitando as pistas que poderiam ser bombardeadas e inutilizadas. Aqui no Brasil ele serviu muito bem aos povos ribeirinhos da Amazônia e do Mato Grosso na região alagada do pantanal.












                                                                                   
Olha só quem estava no museu da TAM o Jahu, eu tinha visto ele no Ibirapuera na última vez em 1986, coitado estava cheio de cupim e furado, agora está em melhor forma...



Motor do Jahu, Isotta Fraschini








Pouca gente sabe, mas a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, aqui em São Paulo tem este nome devido a este avião, ele era um dos pilotos do Jahu, foi o pioneiro em cruzar o Atlântico a bordo de um avião.






A dupla de bandidos, comumente chamada pelos americanos.
MIG 15, com seu deck de canhões
















MIG21

















Gloster Meteor

Gloster Meteor


Nosso primeiro avião a "jato". Foi feito no final da segunda guerra na Inglaterra, os ingleses precisando de matérias primas por causa do pós guerra, preferiu trocar várias unidades do avião, por toneladas de algodão....









Comprado a peso de algodão. Mandamos toneladas de algodão, e eles mandaram alguns aviões.









Vought Corsair F4U


Vought Corsair F4U, 6 metralhadoras de calibre 12,7mm (.50pol)

TOP teatro de operações do pacífico, este era um do melhores aviões em uso.















Depois de ver várias relíquias, a saída, havia chegado mais motos no estacionamento.





Bom agora vem a segunda parte do roteiro, rumo a Bueno de Andrada - SP, subdistrito de Araraquara.
Mas antes tenho que resolver um impasse, estou com a gasolina na reserva (2 litros), antes de sair do Museu da Tam, perguntei a um funcionário, onde havia um posto de gasolina mais próximo daqui, e ele disse:
-Posto de gasolina por perto daqui, só em São Carlos, uns 30 km lá prá trás...
Então, vamos a São Carlos, engatei a 5ªmarcha e fui me arrastando a 50km/h para poder economizar o máximo de combustível que puder. Dentro de 30 minutos consegui avistar o posto de gasolina, que alívio, pedi para completar o tanque para o frentista.
Entraram 11 litros de combustível, enchido até a "boca" do tanque, achei estranho, o tanque comporta 14 litros, e se eu tive de acionar a torneira da reserva (a reseva da Titan comporta 2 litros de gasolina), pois o motor chegou a parar por falta de combustível, ainda teriam hipoteticamente 1 litro misterioso em algum lugar do tanque, bom deixa para lá, o negocio agora é motocar sentido Bueno de Andrada.
Bom resolvido o impasse da gasolina, agora poderia desenvolver, uma velocidade até que relativa, a barriga (tanque) da moto estava cheia de gasolina, agora é rumo a Bueno de Andrada.
Chegando até a cidade de Araraquara, tive de ligar o GPS, pois me embrenhei na cidade e não sabia mais onde estava, não havia mais nenhuma placa indicando a direção onde eu deveria seguir.
Como era esperado, depois de ligado e sincronizado com os satélites logo o aparelho começou a indicar meia carga de bateria, consegui me localizar e seguir o caminho correto. Desliguei o GPS, pois eu poderia precisar dele na volta, já começaram a aparecer as placa de Bueno de Andrada, estou no caminho certo, é só seguir em frente para sempre...
Depois de sair de Araraquara, peguei uma rodovia simples depois de um tempinho, ela surge, meio do nada.




Esta é a entrada de Bueno de Andrada, vendo assim, nada de mais.
A cidade é tão pequena que se passar muito rápido, passa direto...como eu fiz...






Enfim, cheguei, na verdade eu passei direto, tive de fazer o retorno de tão pequena que é a cidade, achei um lugar para estacionar a moto, aproveitei para tirar uma fotos. Estava um calor absurdo de quente, e tinha muita gente na praça. Havia barraquinhas vendendo coxinha, pastel e louças de porcelana. Mas o meu alvo eram as "Coxinhas Douradas", isso mesmo, é essa que aparece uma fila enorme, parece aqueles dias que aposentado recebe o benefício no banco.





Agora na fila das coxinhas, e aproveitando para tirar algumas fotos, note que só tem moto, nesta  parte da praça.




Este é o interior da loja, lotadaço, consegui sair da loja depois de 40 minutos na fila, comprei 10 coxinhas, 2 já foram para a barriga, já que não via comida desde a parte da manhã....




Me disseram que se viesse a Bueno de Andrada, comer coxinha, tinha de ser acompanhada da Cotuba, então pedi uma garrafa, ah esta ficou de souvenir, tá comigo...














Depois de 670km rodados, cheguei em casa, às 20:48h tava um bagaço só, mas muito feliz, as coxinhas ficaram detonadas (rachadas, e o recheio se misturou com outras coxinhas que se racharam), mas estavam muito boas. Ah depois verifiquei a fiação da alimentação do GPS, o pólo positivo (vermelho) que ficava conectado a bateria tinha se soltado, com a trepidação da motocicleta, se tivesse verificado no Museu da Tam não tinha que ficar passando tanto perrengue com o danado, mas entre mortos feridos e mutilados, salvaram se todos....
Agora já estava revigorado para poder trabalhar na segunda feira.